Sejus participa da Semana da(o)Assistente Social em Fortaleza
14 de maio de 2010 - 03:00
Atuação
Para o atendimento dos presos são realizadas consultas diárias. “Nos atendimentos podemos perceber quais são os principais anseios dos presos”, afirma Clarisse. Dentre as demandas podemos apresentar: a necessidade da certidão de nascimento dos filhos; realização do casamento civil; reconhecimento de paternidade; contato com os familiares; encaminhamentos médicos para os setores de dentistas e psicólogos; encaminhamentos para advogados; contato com a direção e busca pelo auxilio reclusão.
De acordo com a assistente social Clarisse Elisa, neste primeiro ano foram realizadas as parceiras com o cartório Norões Milfont e com Cartório de Itaitinga para a obtenção do registro dos filhos dos internos e casamentos. Outro destaque foi o convênio a Defensoria Pública, para Registros Cível Público a fim de efetuar o reconhecimento de paternidade. As festas do calendário oficial, como dia da mulher, mães, páscoa, das crianças, dos pais, do natal, dentre outras, são todas festejadas
“Com as empresas de confecção firmamos contratos para a doação de roupas para os internos, que saem das unidades, para receberem as carteiras de livramento condicional, para os encontros do Mutirão Carcerário ou para as idas ao Fórum, já que são desprovidos desses bens materiais. Acreditamos, que com esta medida, ajudamos a resgatar a dignidade do interno,” afirma Clarisse.
No acompanhamento dos internos, cabe também, aos assistentes sociais a difícil missão de serem mediadores de noticias negativas, como nos casos de morte. “O ônus do trabalho é esse, é muito difícil em determinados momentos comunicarmos aos internos noticias ruins, isso requer extremo cuidado e preparo” afirma Clarisse.
Reconhecimento
Outro ponto enfatizado pela assistente social foi a colaboração do outros setores para a consolidação das atividades. Clarisse ressalta o apoio da capitã da Policia Militar, Keydna Alves Lima Carneiro, diretora da Unidade, ao trabalho.
“O nosso trabalho é de fundamental importância dentro de uma Unidade. Bons assistentes sociais trazem humanidade não só para os presos, mas para todos os profissionais do sistema prisional. Tratamos do respeito ao interno de maneira a resgatar a dignidade e os direitos dos mesmos, valores esses muitas vezes esquecidos pela sociedade, que em geral marginaliza essas pessoas, dificultando o processo de ressocialização” conclui a assistente.
Ascom – Sejus
14.05.2010