Tuberculose é tema de oficina realizada na Secretaria da Administração Penitenciária

16 de setembro de 2019 - 15:07

A tuberculose é uma doença bacteriana infecciosa grave e será discutida na primeira Oficina Regional do Projeto Prisões Livres de Tuberculose, realizada na Secretaria da Administração Penitenciária, entre os dias 17 e 19. A Oficina é realizada pela SAP, Secretaria da Saúde, e os apoiadores institucionais do Departamento Nacional Penitenciário, Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz. A abertura acontece nesta terça-feira (17), partir das 14h, no Auditório da SAP,

Durante os três dias, serão abordados a apresentação de metodologia, quantidade de pacientes em cada Estado e informações sobre a capacitação dos profissionais por território. O objetivo da oficina é a construção de plano de trabalho que irá conduzir as ações estaduais e municipais a respeito das atividades do projeto nas unidades prisionais, também para a definição de fluxos e procedimentos locais para o controle da tuberculose no sistema prisional.

Além disso, serão abordadas questões que incluem além da validação dos planos de trabalho, a capacitação para o desenvolvimento do fórum dentro das unidades. Finalizando, o Seminário quer alcançar a conclusão dos planos para cada Estado, gerando o cronograma de atividades locais para o devido desenvolvimento do projeto e das ações da saúde.

Apoiadora Institucional do Projeto Prisões Livres de Tuberculose no Ceará, Esmar Moura, afirmou a importância e também o trabalho que posteriormente ocorrerá nas unidades. “Esse trabalho é realizado em todo o Brasil e chegou agora no Ceará. Será uma discussão muito importante para que tenhamos ainda mais atenção com essa doença tão presente no sistema. Desta forma, a FioCruz, o Depen e o Ministério da Saúde preparou kits educativos para que sejam distribuídos nas unidades prisionais que servirá de prevenção contra a doença”, afirma Esmar.

No estado cearense o material educativo será distribuídos em todas as unidades, mas no Centro de Triagem e Observação Criminológica (CTOC) e no Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa equipes da estarão orientando pessoalmente sobre os cuidados, sintomas e como se prevenir da enfermidade.

Prevenção no sistema do prisional do Ceará

No Ceará, o combate e a prevenção em relação a enfermidade acontece de forma contínua. De acordo com a coordenadora da vigilância de epidemiológica do sistema prisional do Ceará, Eliana Freitas, os profissionais ficam atentos e realizam visitas periódicas para identificar detentos com a suspeita da doença. “Se ele estiver com duas semanas ou mais de tosse já é um indício. Então nós já realizamos o exame que identifica se esse apenado está infectado com a enfermidade”, explica.

O exame realizado em questão é a baciloscopia (conhecido popularmente como escarro) e o raio-x do pulmão do paciente. Caso o resultado seja positivo, o início do tratamento já começa de forma imediata. Em média o tratamento ocorre entre 6 e 9 meses para que se tenha a cura definitiva.

Outro exame que o apenado pode realizar de forma rápida e voluntário é do HIV, transmissor do vírus da Aids. Contudo, esse teste não é obrigatório, mas é ofertado a todos que apresentam a tuberculose.