Projeto Rádio Livre é instalado no Nudep
1 de julho de 2014 - 03:00
O Núcleo de Execuções Penais da Defensoria Pública do Ceará (Nudep) passa agora a transmitir a programação da Rádio Livre, projeto da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) que leva música e informação aos internos das unidades prisionais da Região Metropolitana de Fortaleza. O objetivo é divulgar a programação da rádio, que conta com a participação do Nudep, e muitas das ações desenvolvidas com os internos entre seus familiares e egressos do sistema prisional. O órgão utilizará os mesmos mecanismos de sonorização dos presídios com softwares específicos de reprodução dos programas, amplificador e caixas de som.
A Rádio Livre gera diversos conteúdos que chegam à população carcerária, por meio de caixas de som instaladas em vivências e corredores das unidades prisionais. Atualmente cerca de seis mil presos escutam a programação de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, além dos servidores da Sejus que têm acesso por meio da intranet (rede interna de comunicação). A radiadora também é disponibilizada à direção das unidades prisionais para avisos de atividades, recados e a participação dos familiares.
Às quintas-feiras, a rádio transmite o Caminhando com a Justiça, programa que reúne uma série de informações para os internos, como seus direitos e deveres, auxílio-reclusão, remição de pena pelo estudo e trabalho, direitos humanos e outros temas relacionados. A expectativa é que essa parceria renda ainda mais frutos de agora em diante.
Para Mikaeltom Matias, supervisor jurídico do Projeto Reconstruindo a Liberdade (Parceria entre a Sejus e a Defensoria Pública), a instalação da Rádio Livre originará benefícios aos internos e designará um vínculo ainda maior com os familiares e egressos que os procuram. “A Rádio Livre será nossos olhos e nossos ouvidos nos presídios. Será uma forma de repassarmos para os internos tudo sobre cidadania, direito e informação sobre a lei de execução, as situações jurídicas, o que ocorre no âmbito penal, como também, incentivar ainda mais a participação dos internos e familiares”, acrescentou.
“Fiquei preso por sete meses na CPPL IV e ouvia todo dia a programação. O som era ótimo e os internos faziam silêncio quando algum parente mandava os alôs. O trabalho da Rádio Livre é muito bom, porque aproxima os familiares da gente, traz muitas emoções e até aquele que não recebe uma visita se sente emocionado e consolado por uma palavra de outro familiar. Agora estamos mais próximos da sociedade através da música e de toda a programação”, disse o egresso R.B.