Internas da Unidade Prisional Feminina de Aquiraz celebram as festas juninas com danças folclóricas e quadrilha

28 de junho de 2025 - 11:02

Um momento de cor, música e tradição marcou o encerramento das atividades escolares na Unidade Prisional Feminina Desembargadora Auri Moura Costa (UPF). Promovida pela Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização, a iniciativa celebrou não apenas o fim do semestre letivo educacional, mas também a riqueza da cultura popular nordestina, por meio de apresentações protagonizadas pelas internas.

Com o tema junino como cenário, cerca de 120 internas participaram das atividades, que incluíram danças folclóricas e a apresentação da quadrilha “Flor do Sertão”, formada por alunas da escola que funciona dentro da unidade. O evento foi um reflexo do empenho das estudantes privadas de liberdade em atividades que promovem a educação e a valorização cultural.

A iniciativa reforça o papel da educação como ferramenta de ressocialização, oferecendo não apenas formação escolar, mas também oportunidades de expressão artística e fortalecimento da identidade cultural. A Secretaria tem investido continuamente em projetos pedagógicos que ressignificam o tempo da pena, estimulando o protagonismo das internas e preparando-as para uma reintegração social mais digna.

A diretora da Unidade Prisional Feminina Desembargadora Auri Moura Costa (UPF), Socorro Matias, ressaltou o orgulho em acompanhar, mais uma vez, a realização de uma ação educativa com tanto envolvimento por parte das alunas. “Foi um momento muito significativo. Ver as internas comprometidas, se expressando através da cultura nordestina, mostra o quanto a educação dentro do sistema prisional tem avançado e se fortalecido. Essa culminância representa mais que um encerramento — é a prova de que a escola tem sido espaço de transformação e pertencimento”, disse.

A interna da Unidade Prisional Feminina Desembargadora Auri Moura Costa (UPF), Brenna Rafaela, agradece as oportunidades na unidade. “Dentro da UPF, encontrei oportunidades que transformaram minha rotina. Estou concluindo meus estudos, participei de cursos, trabalho com bordado e integro o projeto Acordes para a Vida, que tem sido uma experiência muito enriquecedora. O Arraiá foi especial — minha primeira vivência com a dança. Me senti acolhida, motivada e pude mergulhar na cultura nordestina, conhecendo mais sobre nossa culinária, tradições e artistas como Luiz Gonzaga, o rei do Baião”, afirma.