Bloqueadores de celular são testados no IPPOO II

30 de novembro de 2009 - 15:03

Sabe-se que hoje, a comunicação em massa nos presídios é feita através de aparelhos celulares e, apesar das vistorias realizadas constantemente, de forma aleatória, somente este ano 700 aparelhos foram apreendidos. Visando acabar com a comunicação em massa nos presídios, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) participou, na tarde do dia 26 de novembro, do teste realizado voluntariamente por uma empresa chinesa para a implantação de um sistema de bloqueadores de sinal de celulares no Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II).

O secretário da Justiça e Cidadania, Marcos Cals, acompanhado por uma comitiva da imprensa, percorreu as várias alas da unidade com três celulares em mãos, de várias operadoras. Em nenhum momento os celulares funcionaram. “Todo esforço é valido para acabar com a comunicação em massa da população carcerária. Será um duro golpe contra o crime organizado”, afirmou Cals.  

 
 
 
Apesar do resultado positivo, o secretário ressaltou que não significa dizer que o Estado esteja assumindo um compromisso com a empresa, mesmo porque a implantação de um sistema de bloqueio nas grandes unidades ainda está em processo de licitação, iniciado no dia 17 de novembro. Para ele, a demonstração apenas reafirma o envolvimento da Sejus com o processo de bloqueio da comunicação ilegal dos presos com a sociedade. O processo de licitação deverá levar, aproximadamente, um mês para definir a empresa vencedora.

Assinada a ordem de serviço, fica  estabelecido que a empresa vencedora irá assumir o compromisso de operar por 24 meses e, caso haja modernização do sistema, ela deverá atualizar todo o equipamento da unidade. Cals explicou que o aparelho possui um equipamento que delimita só a área que pretende ser atingida, para que não transborde e venha a prejudicar as comunidades mais próximas.     

Já está previsto no orçamento da Sejus, recursos para aquisição de sete bloqueadores. O Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS) será a primeira unidade a receber o sistema e, mostrando eficácia, serão adquiridos os demais bloqueadores a serem instalados nas grandes unidades da região metropolitana e do interior do Estado, no caso na Penitenciária Industrial Regional do Cariri (PIRC) e na Penitenciária Industrial Regional de Sobral (PIRS).

Ascom – Sejus