Bispo Auxiliar de Fortaleza celebra “missa do lava-pés” no IPF

19 de abril de 2011 - 03:00

Uma celebração, que antecipa os festejos da quinta-feira da semana-santa e lembra a última ceia de Jesus com os apóstolos, foi realizada pelo arcebispo auxiliar de Fortaleza, Dom José Luiz, e pelo padre Marcus Passerini, da pastoral carcerária, aconteceu nesta manhã (19.04.2011), às 10 horas, na quadra poliesportiva do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, localizado na BR 116, km 27, município de Aquiraz. 
 
Para o ato religioso, 100 internas estiveram presentes, além das irmãs da comissão de aconselhamento, que fazem o apoio individual e as terapias comunitárias, junto às católicas. Segundo a diretora adjunta, Mônica Damasceno, do IPF, todos os anos acontece a missa do “lava-pés” e as outras missas são realizadas no primeiro sábado de cada mês. “Existe um calendário ecumênico que permite ser freqüentado pela interna, de acordo com a sua orientação religiosa. Assim, oferecemos a presença de uma religião na vida dessas pessoas reclusas”, informa.
 
“Nesta terça, antecipamos o ritual da última ceia que ocorre na quinta-feira santa, momento em que Jesus, antes de morrer, reúne seus doze discípulos. No primeiro momento dessa passagem, Jesus lavou os pés dos apóstolos e no IPF fizemos a mesma coisa, lavando os pés de doze internas”, comenta o padre Marcus Passerini.  
 
Explica, que depois do lava-pés Jesus percebeu que os seus acompanhantes não tinham entendido o gesto e acrescentou “se Eu que Sou o Mestre lavei os vossos pés, vocês farão o mesmo.” Jesus queria dizer com isto que aquele gesto significa o serviço, a caridade, a solidariedade, o respeito, o apoio e todos os gestos que ajudam as pessoas a serem melhores. Já o segundo momento, de grande importância e conhecimento, é quando Jesus tomou o pão e o vinho e os consagrou, gesto repetido em todas as celebrações.
 
“Ao final do ato, dezenas de pãezinhos que estavam sobre o altar foram bentos e entregues para as internas. Na ocasião, foi, também, apresentada a necessidade de repartirmos”. Padre Marcus finaliza: a religião na vida dessas mulheres é valiosa, para a compreensão do mundo, da vida.