Secretária da Justiça e Cidadania faz palestra no Seminário “Mulher: poder e transformação”

21 de março de 2012 - 20:16

Na manhã deste dia 21 de março, a secretária da Justiça e Cidadania do Ceará, Mariana Lobo, participou do painel de abertura do Seminário “Mulher: poder e transformação”, realizado pelo Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf), no Hotel Sonata de Iracema. O painel teve a mesa presidida pela diretora do Sintaf, Ana Maria Ferreira da Cunha, e foi composto pela defensora pública geral do Ceará, Andréa Coelho; pela presidente da Associação dos Advogados do Ceará, Fernanda Cláudia; pela presidente da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica, Francisca Delineide Viana e pela coordenadora do Fórum dos Servidores Públicos, Jerusa Matos.
 

 
Mariana Lobo iniciou sua fala narrando a história de Mirtes de Campos, a primeira mulher a conseguir ser reconhecida como advogada no Brasil formada em 1898 na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio  de Janeiro, que até espelha as diversas gerações pela defesa dos direitos humanos e da cidadania até chegar na luta atual onde a questão de gênero ainda precisa estar assegurada por políticas públicas afirmativas. Narrou sua trajetória como defensora pública e discutiu com as participantes do encontro a realidade do sistema penitenciário do País, onde uma visão feminina pode acrescer de significados, ampliando, por exemplo, as ações de ressocialização da pessoa presa. “Quando uma pessoa vai presa ela tem um direito cerceado: o da liberdade de ir e vir. Por isso, deve-se pensar nas penitenciárias brasileiras como um espaço de recuperação e de preparação para o retorno ao convívio social.  Precisamos investir no trabalho do preso e na possibilidade de recuperação daquela pessoa. Não dá mais para manter no País depósitos de homens e mulheres em desacordo com a lei. Se aceitei essa missão difícil de assumir a Sejus é porque acredito neste ideal e na possibilidade de contribuir”, contou às presentes.

Dentro de sua fala, aplaudida pela platéia formada majoritariamente por mulheres, a secretária discutiu o papel importante que a mulher assume em uma mesa para o gerenciamento das políticas públicas. “A primeira vez que participei como secretária de uma reunião do Conselho de Secretários de Justiça em Brasília, só tinha eu e outra mulher (a secretária Maria Teresa Uille, do Paraná). Nossa compreensão sobre a problemática discutida naquela ocasião fez com que os secretários presentes ampliassem os horizontes, envolvendo a família e cidadania da pessoa presa. Esse lado da mulher no trabalho é um diferencial, porque nós temos essa capacidade de enxergar, de ver diversos lados, já que temos a missão de gerenciar multitarefas por dia – mãe, mulher, filha, dona de casa e gestora. Isso permite que a visão sobre cada problema seja seja ampliada e que encontremos saídas as questões que parecem estar estagnadas”, comentou. Por fim, encerrou com uma frase que traduz que mais importante que a posição que o homem ou a mulher ocupem em busca do desenvolvimento social, o mais importante é que os dois chegarem a algum lugar juntos.