Alunos do projeto Fazer Direito recebem aula de teoria de teatro

28 de maio de 2012 - 19:54

 

Na última sexta-feira (25), os internos da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL II) que participam da terceira turma do projeto Fazer Direito receberam a primeira aula da teoria básica do teatro. O aulão teve a participação de cerca de 60 alunos da unidade e foi ministrado pelo coordenador do curso de Artes Cênicas da Estácio FIC, Hélio Amazonas.

Além das aulas téoricas, dinâmicas foram realizadas com os internos, que também assistiram a um vídeo de dança e interpretação para debaterem quais aspectos artísticos poderiam ser destacados. De acordo com a coordenadora do projeto, Rosa Pinheiro, o momento foi bastante válido e serviu para despertar um olhar diferente sobre a arte de interpretar. “Tivemos uma boa interação. Eles conseguiram observar os detalhes da sintonia, da coletividade e também verificaram a importância da escolha de uma boa trilha sonora e da construção do cenário para o bom desenvolvimento da encenação”, comentou.

Com início em março de 2012, esta terceira turma tem previsão para concluir as aulas do projeto em julho deste ano. As aulas de teatro devem acontecer a cada 15 dias e vão contar também com a presença de alunos do curso de Artes Cênicas da Estácio FIC.

Fazer Direito – Vinculado ao Núcleo de Assistência e Apoio ao Egresso (Napae) da Secretaria da Justiça e Cidadania, o Fazer Direito oferece aulas de noções básicas de Direito aos internos do sistema penal, além de reforços nas áreas de cidadania, administração, psicologia e artes cênicas. Por meio de uma seleção feita dentro das unidades penitenciárias, os detentos são escolhidos e recebem aulas de segunda à sexta, ministradas por estudantes universitários.

O Projeto Fazer Direito teve início em outubro de 2010. Para fazer parte os internos devem obedecer aos critérios de disciplina, bom comportamento, colaboração e nenhum envolvimento com ilicitudes. Para o aprendizado, a participação é espontânea e são consideradas “bonificações” pelos que respeitam a ordem e o bem comum. Os internos da CPPL II integram, também, o Projeto Renascer de pacificação da unidade.