Sejus inaugura fábrica de lapidação de pedras semipreciosas em uma unidade prisional

21 de setembro de 2012 - 19:08

A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará inaugura no próximo dia 25 de setembro, às 9h30, mais postos de trabalho no Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira II, em Itaitinga. O projeto “Lapidar – Transformando Vidas através do Trabalho” recebe uma completa indústria de fabricação de semijóias e lapidação de pedras dentro de uma unidade prisional. Em parceria com a Feldmann atelier, a fábrica irá empregar 90 presos e tem a meta de produzir 12 mil peças de semijóias e bijuterias por mês. A fábrica também será a primeira no Norte e Nordeste na lapidação de pedras para o mercado, chegando a produção de 18 mil pedras por mês.

 

O projeto tem o objetivo de ofertar postos de trabalho contribuindo para a capacitação profissionalizante do preso, a geração de trabalho e por conseqüência, diminui a ociosidade dentro da unidade prisional.  “A metáfora de transformar pedras brutas em materiais a serem apreciados se encaixa muito bem na visão defensorial que nós trazemos à Sejus. Nossa pretensão é dar uma segunda oportunidade a estes homens que cometeram delitos, de ter uma profissão e um emprego lá fora. Claro que tudo é factível ao livre arbítrio, mas sabemos que cada pessoa resgatada do crime aqui dentro, tem um impacto enorme na vida da sociedade que pede paz”, como informa a secretária Mariana Lobo.  Por ser uma atividade manufatureira, ela também permitirá que a pessoa presa saia da unidade penal com a habilidade de artesão e seja capaz de montar seu próprio micronegócio fora da unidade.

 

O IPPOO II – Desde o início de 2012, a unidade tem passado por algumas mudanças estruturais. Passou a  receber presos do regime semiaberto, que ainda aguardam carta de emprego ou benefícios da Justiça. Hoje a unidade possui 632 presos, sendo quase 70% destes neste regime. Esta mudança gradativa pretende que a unidade passe a ser transformada na porta de saída do regime fechado, preparando os presos para o trabalho externo da Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso (Cispe).

 

A unidade possui uma escola que atende 93 alunos, o projeto de manutenção e sustentabilidade da unidade, batizado de Presídio Verde, que emprega 30 egressos na reciclagem de uma tonelada de lixo por semana. É uma aposta também os projetos de pacificação da unidade como o projeto do Coral Vozes da Liberdade, onde 20 egressos participam de uma aula semanal de música e as aulas de grafite, que já formaram 30 internos, dentre outros. Ao todo cerca de trezentos internos trabalham, estudam participam de projetos no IPPOO2. Para o diretor Plauto Roberto,  “a mudança de direcionamento da unidade amplia a importância do IPPOO II dentro do política de ressocialização da Sejus e coincide com os 10 anos de inauguração da unidade, completados no dia 19 de setembro”, destacou.