Sejus realiza ciclo de debates preparatório para a implementação do PPCAAM no Ceará

25 de setembro de 2012 - 03:00

A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus-CE) realiza a partir desta quarta-feira, 26 de setembro, às 9 horas, o ciclo de debates Diálogos pela Vida, que tem o objetivo de sensibilizar e qualificar agentes públicos e sociais que atuam na defesa e no atendimento de crianças e adolescentes ameaçados de morte.
O curso acontece até sexta-feira, 28 de setembro, no complexo das comissões técnicas da Assembléia Legislativa do Ceará, e qualificará cem agentes preparando e fortalecendo esta rede para a implantação do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes ameaçados de Morte – PPCAAM no Ceará, desenvolvido pela Sejus.
 Dividida em três módulos, a programação será iniciada com a palestra “Letalidade e Risco Social”, ministrada pelo antropólogo da ONG Observatório das Favelas (RJ), Caio Gonçalves.  O segundo módulo, que será debatido na quinta-feira, 27, serão trazidas informações sobre o “Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçadas de Morte- PPCAAM”, com a apresentação do case do projeto no estado de Minas Gerais. 
 
Na tarde da quinta-feira um grupo de trabalho discutirá as “Redes de retaguarda e a matriz intersetorial para o atendimento a crianças e adolescentes ameaçados de morte”, promovendo propostas práticas para o enfrentamento da questão no estado. Na sexta-feira, 28, serão debatidos pelos grupos os instrumentais e os fluxos de trabalho do programa que está sendo implementado no Ceará.   
Segundo a Secretária da Justiça e Cidadania do Ceará, Mariana Lobo, o programa está sendo implantado no sentido de compor uma rede para a redução da letalidade infanto juvenil no estado. “Entendemos a rede deve mobilizar não somente os governos, mas propor um diálogo aberto com a sociedade civil na busca das soluções e na participação de todos no enfrentamento deste problema”, afirma.
Para o assessor técnico da Sejus, Thiago de Holanda, um outro ponto de destaque desse trabalho é o fenômeno de deslocamento dos pólos de violência, que passou de municípios com mais de 100 mil habitantes para municípios de médio e pequeno porte.   “A modernização do interior, com a geração de novos empregos, e os investimentos em segurança na capital tornaram este perfil de município mais atrativo para a criminalidade como o tráfico de drogas, pois nestas cidade são mais precários os aparatos de segurança”, fala.