Internos do IPPOO 2 confeccionaram semijoias assinada pela designer Suzane Farias
26 de março de 2014 - 03:00
A Secretaria de Trabalho e Ação Social do Estado do Ceará (STDS) e a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus) estão preparando mais uma parceria que incentiva a capacitação profissional e o trabalho de internos do sistema penitenciário cearense. Na última segunda-feira (17) foi dado início, no Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira II, a uma oficina de capacitação em ourivesaria com jóias desenhadas pela designer de jóias, Suzane Farias. A ideia é iniciar a produção de uma linha em prata exclusiva para ser comercializada pelas lojas Ceart.
A designer cearense Suzane Farias é bastante reconhecida por seu talento. A partir de uma visita ao IPPOO II, ela elaborou uma coleção com peças de produção simples e de fácil aprendizado. A proposta é que 20 internos sejam capacitados para confeccionarem a primeira coleção assinada. O curso, que é ministrado por um ourives e orientado pela designer, resultará na produção da coleção Colorindo a Vida, composta por dois conjuntos de colar, brincos e anel feitos com pedras de ágatas coloridas em diversos formatos e cores.
“A metáfora de transformar pedras brutas em materiais a serem apreciados se encaixa muito bem na visão defensorial que trazemos à Sejus. Nossa pretensão é dar uma segunda oportunidade a estes homens que cometeram delitos, de ter uma profissão e um emprego lá fora por meio da oportunidade de aprender um ofício artesanal com confecção de jóias e também na lapidação de pedras”, como informa a secretária da Sejus, Mariana Lobo. “Por ser uma atividade manufatureira, ela também permitirá que a pessoa presa saia da unidade penal com a habilidade de artesão e seja capaz de montar seu próprio micronegócio fora da unidade”, completa.
LAPIDAR – Dentro do presídio outro projeto com semijoias já atrai a atenção. O projeto Lapidar é uma parceria entre a Sejus e uma empresa de iniciativa privada onde 20 presos trabalham na fabricação de semijóias e lapidação de pedras dentro da unidade penal. Já fez várias exposições de peças, inclusive na própria praça da CEART
CEART – O complexo Ceart é conduzido pela Coordenadoria de Desenvolvimento do Artesanato e Economia Solidária da STDS e tem a missão de preservar e fomentar o talento de artesãos e da arte popular, por meio de um conjunto de ações de incentivo e apoio à inclusão produtiva e comercialização dos produtos artesanais. A Ceart já trabalha na
comercialização de produtos produzidos no sistema penitenciário com a linha de artesanato das presas do projeto Fabricando Oportunidades.
Atualmente, além da loja matriz do complexo Ceart, na Praça Luiza Távora, os produtos artesanais são comercializados em outras lojas na capital (no Centro Dragão do Mar, na avenida Monsenhor Tabosa e no Aeroporto Internacional Pinto Martins). No interior, há lojas em Guaramiranga e Canoa Quebrada, localizadas estrategicamente para atender o turista e demais apreciadores do artesanato.