A liberdade que vem dos livros

28 de setembro de 2016 - 19:49

Oitenta internos recebem seus atestados de remição de pena após participarem do projeto Livro Aberto

 

Divulgação/Secult/Felipe Abud

 

Entre apresentação de dança, livros e um mural com textos escritos por internos e internas do sistema penitenciário cearense, a manhã desta quarta-feira (28), no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa (IPF), mostrou como a leitura pode ser um encontro com o mundo externo e com os vários mundos existentes dentro de cada um. Foi em uma verdadeira celebração à leitura, que internos de quatro unidades prisionais receberam seus atestados de remição de pena por leitura, representando os 80 aprovados nas primeiras avaliações do projeto Livro Aberto.

 

A solenidade contou com a presença dos secretários da Justiça e Cidadania, Hélio Leitão, e da Cultura, Fabiano dos Santos, e da representante da Secretaria da Educação, Noemi Rezende. O projeto Livro Aberto é realizado pela Sejus com apoio das outras duas instituições.


“A leitura é fundamental para descortinar novos horizontes e para que as pessoas que se encontram em privação de liberdade possam viajar além desses muros”, destacou o titular da Sejus, Hélio Leitão. O secretário agradeceu ainda a colaboração dos parceiros da Educação e Cultura que têm apoiado o projeto, com o envolvimento dos professores e com a doação de livros, respectivamente.

 


Divulgação/Secult/Felipe Abud

 

Noemi Rezende, coordenadora da diversidade e inclusão da Seduc, considerou o dia de hoje como “um momento que traduziu a leitura como liberdade e prazer”. Para ela, a leitura é um instrumento grandioso que gera conhecimento e cidadania. 


“A leitura é um encontro com o mundo ou com os mundos. A gente lê e se encontra com a gente. Espero que o projeto livro aberto tenha possibilitado vocês se encontrarem com vocês mesmos”, observou Fabiano dos Santos. E completou: “Ao mesmo tempo que o projeto é um instrumento de redução da pena, ele é um instrumento para ampliar a capacidade crítica, a capacidade de compreensão do mundo”.


Jane de Sousa, interna do IPF, captou bem a mensagem e vai além. Para ela, o projeto Livro Aberto mostrou a ela o prazer na leitura e indicou que a porta de saída para se ter uma vida digna é também através dos estudos. 


“O Livro Aberto deve servir como estímulo para que continuem perseverando na leitura, no estudo, senão para remir pena, mas a leitura pela leitura como fator de transformação”, fala final do titular da Sejus, Hélio Leitão.