Empresa de confecção amplia postos de trabalho em unidade prisional

As parcerias que geram trabalho dentro das unidades prisionais têm trazido bons resultados para o sistema e para as marcas. No Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne (Cepis) funciona, desde abril deste ano, uma oficina da empresa D’Noite – Roupas de Dormir. Eles apostam na capacidade dos internos e colhem bons frutos, por isso, estão ampliando a mão de obra, inicialmente de 12, para 21 trabalhadores. Até outubro a empresa pretende empregar no Cepis 50 internos na sua oficina.

O ofício na D’Noite inclui a montagem, conferência e embalagem de peças masculinas, femininas e infantis, que vão direto para as lojas da marca na cidade de Fortaleza. O trabalho, além da costura, desenvolve a concentração e até mesmo a coordenação motora dos internos, que têm surpreendido a supervisora Cilene Pires: “Nossas peças são delicadas, cheias de detalhes e tudo o que sai daqui tem muita qualidade. Alguns deles têm dificuldades no começo, mas logo pegam o jeito porque eles têm muito interesse em trabalhar”, afirma.

O interno Benedito dos Santos atua na D’noite checando e embrulhando as peças. Satisfeito com a oportunidade encontrada dentro do sistema, ele destaca que o trabalho proporciona benefícios tanto para ele quanto para a família: “Além de ocupar a minha mente, trabalhar aqui me ajuda com a remição de pena e com o auxílio financeiro que vai direto para a minha família. As coisas não andam fáceis financeiramente e essa é uma forma de colaborar com eles”, conta.

A instalação das oficinas de produção dentro das unidade traz vantagens para as empresas, que reduzem custos, tendo o espaço com instalações disponibilizado pela própria unidade. Os internos recebem 75% de um salário mínimo pelo trabalho, conforme estabelece a Lei de Execução Penal, e a remição, que garante um dia a menos de pena a cada três dias trabalhados.