Disciplina sobre intervenção prisional fará parte da grade curricular da 3ª edição do Curso Tático Policial Feminino – CTAP

24 de maio de 2023 - 08:56

Com foco na qualificação profissional e melhoria da operacionalidade das servidoras de segurança pública do Estado do Ceará, a Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp) incluiu a disciplina “Noções de Intervenção Prisional”  na grade da 3ª edição do Curso Tático Policial Feminino – CTAP.

A formação de Noções de Intervenção Prisional contará com o corpo de instrutores da SAP e terá carga horária de 30 horas/aulas, onde as servidoras irão se capacitar para atuarem na solução de conflitos no interior das unidades prisionais e desempenhar, de forma mais efetiva, procedimentos e técnicas adequadas em circunstâncias adversas como crise, rebelião, motim generalizado, entre outras práticas.

O secretário da administração penitenciária e ressocialização, Mauro Albuquerque, recebeu a coordenadora e monitora do curso e sargento da Polícia Militar do Ceará, Laurice Maia, para tratar sobre a inclusão da instrução de Noções de Intervenção Prisional no quadro curricular da capacitação. Além disso, também foi disponibilizado o stand de tiro para a realização do componente curricular de tiro policial.

O curso será promovido pelo Governo do Estado do Ceará através da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS/CE), via Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (AESP/CE), direcionado para servidoras integrantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Perícia Forense, Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização e profissionais de organizações de segurança pública do âmbito federal ou de outros Estados da Federação.

A capacitação será constituída em uma única fase com duração média de 30 dias, com carga horária de 250 horas/aula e terá início no dia 1 de junho. O curso tem como objetivo desenvolver a expertise operacional do efetivo feminino da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e das organizações de segurança pública co-irmãs.

Nesta edição, estão sendo oferecidas 40 vagas, sendo cinco vagas para policiais penais da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização, 16 para policiais militares do Estado do Ceará, 10 para policiais civis do Estado do Ceará, duas para bombeiras militares do Estado do Ceará e uma para servidora da Perícia Forense do Estado do Ceará. Além de seis vagas para servidoras de organizações de segurança pública do âmbito federal ou de outros Estados da Federação.

O secretário da administração penitenciária e ressocialização, Mauro Albuquerque, comenta sobre a participação das policiais penais em cursos táticos. “Faço questão de apoiar e incentivar a presença das mulheres em cursos de intervenção, pois é uma oportunidade de ampliar a presença feminina nas missões operacionais. Importante incluir a força das mulheres para o enfrentamento de qualquer tipo de dificuldade do sistema de segurança pública. Sem dúvida é um curso que irá agregar e fazer um diferencial na carreira”, afirma. 

A sargento da Polícia Militar do Ceará, Laurice Maia, comenta sobre o curso. “O intuito é qualificar, aperfeiçoar e despertar o interesse das mulheres pelo serviço operacional. Normalmente as policiais são mais atuantes nos serviços administrativos e gostaríamos de mostrar que também somos capazes de agregar e participar das missões operacionais. O mais importante desse curso é conhecer a rotina de trabalho de cada força de segurança e trocar experiências”, conclui.

A policial penal do Grupo de Ações Penitenciárias e formanda da segunda turma do Curso Tático Policial Feminino, Carolina Azevedo, fala da importância do efetivo participar do curso. “Na edição passada foram ofertadas duas vagas e tiveram quatro inscritas. Já nesta edição aumentaram o número de vagas para cinco, bem como o aumento da adesão para dez policiais penais. Isso mostra que o interesse de se capacitar nos cursos operacionais aumentou bastante. A presença das policiais penais no curso tático policial feminino é fundamental para fortalecer as relações com as outras forças coirmãs, além do compartilhamento do conhecimento e troca de experiência. É uma oportunidade de desenvolver suas habilidades técnicas e intelectuais em diversas áreas da segurança pública aprimorando a expertise policial, bem como a importância de se tornarem uma “ATHENA”. Que esses exemplos inspirem outras policiais penais a seguir o mesmo caminho”, disse.