Ioga um unidades prisionais é alternativa para romper ciclos de violência
16 de janeiro de 2018 - 09:50
Entendendo a importância de reduzir o estímulo a comportamentos destrutivos e violentos no cárcere e, consequentemente, fora dele, a Secretaria da Justiça e Cidadania, por meio da Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso (Cispe), e em parceria com a Associação Arte de Viver, deu início à prática de ioga com internos do sistema prisional cearense.
O projeto piloto começou no último mês de novembro e começou a ser utilizado de forma permanente, neste mês, na Unidade Prisional Professor José Sobreira de Amorim. Inaugurada no último mês de novembro, a unidade recebeu o piloto do projeto Prison Smart, nos últimos dias de dezembro. Trinta internos participaram das atividades do programa que tem como objetivo o resgate dos valores humanos e o gerenciamento do estresse e das manifestações de violência.
Com atividades de relaxamento, os instrutores repassam aos participantes técnicas de respiração e conhecimentos sobre como lidar com as emoções. Lidando de forma mais construtiva com sentimentos como agressividade, raiva e frustração, os internos aprendem a ceder espaço para um estado mental mais positivo, rompendo o ciclo de violência através da conscientização em torno das ações individuais e da busca de soluções para os problemas dentro de si e não apenas no mundo exterior.
De acordo com a coordenadora de inclusão social da Sejus, a meta é levar o Prison Smart a sete unidades até o mês de junho de 2018, envolvendo 210 internos nas atividades. A coordenadora da Cispe, Cristiane Gadelha, afirma que a ioga é uma tentativa de trazer o equilíbrio entre os internos, com redução de conflitos e melhoria na disciplina e no comportamento, de modo geral.