Sejus intensifica ações de combate à hanseníase nas unidades prisionais

26 de janeiro de 2018 - 14:52

A Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), por meio de seu Núcleo de Saúde, e a Secretaria de Saúde do Estado desenvolvem entre os dias 29 de janeiro e três de fevereiro ações de combate à hanseníase nos estabelecimentos prisionais do Ceará. Todos os profissionais de saúde das grandes unidades da Região Metropolitana de Fortaleza, Cariri e Sobral estão envolvidos na programação.

O enfermeiro do Nusau, João Pereira Neto, explica que as equipes de saúde já trabalham na identificação da doença. A idéia é que na próxima semana essas abordagens sejam intensificadas. “No dia 30 todas as unidades do sistema irão fazer dinâmicas de educação em saúde com conteúdo voltado sobre a doença. Desta forma será possível a realização de uma busca ativa, descobrindo possíveis casos e providenciando os encaminhamentos necessários para o tratamento”, destaca.

Segundo ele, as explanações irão alertar os internos sobre os sintomas a fim de que busquem o diagnóstico e o tratamento imediato. “Ao final teremos um relatório, para que sirva de parâmetro sobre os casos no sistema penitenciário cearense”, pontua.

Hanseníase
A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae). Não é hereditária. A transmissão se dá entre pessoas. Uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB), estando sem tratamento, elimina o bacilo pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim transmiti-lo para outras pessoas suscetíveis.

Em 2017, o Ceará registrou 1.668 casos de hanseníase. E este ano, conforme atualização semanal de doenças compulsórias, referente à semana epidemiológica três (14 a 20 de janeiro), há 17 casos confirmados no estado. O tratamento para hanseníase é gratuito e oferecido na rede básica do Sistema Único de Saúde (SUS).

Janeiro Roxo de Luta contra Hanseníase
Celebrado sempre no último domingo de janeiro, o Dia Mundial do Hanseniano teve sua origem através do jornalista francês Raul Fourreaux, que, em 1954, motivou a Organização das Nações Unidas (ONU) a lembrar sobre a doença até o dia em que a cura estivesse acessível a todos.

A data objetiva reduzir o preconceito contra os portadores da doença. Assim, são intensificadas ações de assistência, na intenção de evitar o contágio e conscientizar sobre os tratamentos e cura disponibilizado aos pacientes.