Policiais penais se tornam integrantes da primeira legislatura do Conselho Estadual de Combate à Discriminação LGBT

19 de maio de 2022 - 15:26

Com informações da ASCOM SPS

A Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) empossou, nesta terça-feira (17), duas policiais penais como integrantes da primeira legislatura do Conselho Estadual de Combate à Discriminação LGBT, para o biênio 2021/2023.

A policial penal e diretora da Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes, Ilana Ferro e a coordenadora adjunta da Coordenadoria Especial da administração penitenciária, Geovana Sousa, são as representantes da Secretaria da Administração Penitenciária no Conselho para o biênio 2021-2023.

A posse foi dada pela secretária titular da SPS, Onélia Santana, e contou com as presenças de representantes de órgãos públicos, dos poderes Legislativo e Judiciário e de entidades e movimentos sociais.

A criação do Conselho LGBT é uma das três demandas prioritárias apresentadas pelos movimentos sociais ao governo, em 2017. Entre as ações destacadas por Onélia Santana estão a criação do Centro de Referência Estadual LGBT+ Thina Rodrigues, com 500 atendimentos já realizados; a formulação do Plano Estadual de Políticas Públicas para LGBT e agora, a Criação do Conselho Estadual de Combate à Discriminação LGBT.

“O Conselho Estadual LGBT é uma ferramenta importante de participação democrática da sociedade civil na estruturação das políticas públicas estaduais. Este é mais um passo importante na construção da cidadania da população LGBT+”, destacou Onélia Santana, ao dar posse aos conselheiros e suplentes. “Combater a LGBTfobia é urgente, para que pessoas que ainda são discriminadas e até mortas apenas por tentarem existir como desejam, sejam respeitadas”, acrescentou, ao citar avanços conquistados pela população LGBT do Ceará e implementadas pelo Governo do Ceará.

A policial penal, Ilana Ferro, se sente honrada em participar do conselho para lutar contra as discriminações sofridas por essa população. “É um momento histórico em uma data tão simbólica de enfrentamento à homofobia. A SAP se soma às demais instituições na missão de traçar estratégias de ressocialização das pessoas LGBT+ privadas de liberdade para combater a LGBTfobia em nossa sociedade”, conclui.

UP Imelda

Todos os internos da Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes estão envolvidos em alguma atividade educacional ou desempenham alguma função em projetos de capacitação profissional e trabalho.

A unidade realiza um acompanhamento multidisciplinar para os internos LGBT que vai do acolhimento nos serviços de saúde, onde se orienta e testa as doenças sexualmente transmissíveis e outras comorbidades, como saúde bucal, psicólogos, serviço social e jurídico.

Além disso, também oferecem acesso ao estudo e possuem recursos culturais com destaque ao grupo de teatro “Falando Portugays”.

Essa população também participa de projetos que garantem sua autoestima com ações voluntárias de salão de beleza e esmalteria.

Como forma de respeito e garantia de cidadania da população LGBT, a unidade promove atos que reconhecem e oficializam documentos com retificação de gênero.